quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Renascimento em outras regiões europeias

Nas várias regiões europeias em geral, o movimento renascentista não chegou a despertar o mesmo entusiasmo que tivemos na região italiana. O Renascimento que ocorreu fora da Itália ficou circunscrito nas características regionais de onde aconteceu, devido aos problemas que cada uma das regiões apresentava no momento. Destacam-se como obras renascentistas a literária e a filosófica, em detrimento da pintura e da escultura.

Países Baixos - Flandres e Holanda - devido ao progresso comercial conseguido no século XVI, a burguesia próspera financiava os autores renascentistas na região, entre eles temos: Erasmo de Roterdam, os irmãos Van Eyck, Jerônimo Bosh, Pieter Brueghel, Rembrandt e Rubens.

- Erasmo de Roterdam, considerado o "Príncipe dos humanistas", procurou conciliar o racionalismo renascentista com o cristianismo. Obra: "Elogio da Loucura", onde faz críticas ao clero de sua época, aos costumes da sociedade do seu tempo.

- Irmãos Van Eyck, atribui-se a eles a utilização da pintura a óleo. Obra: "Adoração do Cordeiro".

- Bosh, é considerado percursor da escola surrealista. Obra: "O jardim das delícias".

- Brueghel, adota temas de cunho social, do cotidiano, popular e político. Obra: "O Massacre dos Inocentes" e "Dança Camponesa".

- Rembrandt, Obras: "Lição de Anatomia", "Ronda Noturna" e "Tobias e sua família".

- Rubens, apresenta uma transição para o estilo Barroco. Obra: "Triunfo" e "Assunção".

Na Alemanha, o Renascimento teve seu desenvolvimento impedido pelos problemas enfrentados pela Alemanha, no século XVI; a Reforma luterana, as guerras religiosas e a crise econômica e a política. Destacam -se os pintores:

- Albrecht Dürer, obras de tendências místicas: "Adoração dos Magos" e "Cristo Crucificado".

- Hans Holbein fez retratos importantes de personagens da época, como "Erasmo", "Henrique VIII" e "Thomas Morus".

Na Inglaterra, o movimento teve início no século XVI após a Guerra das Duas Rosas, com a centralização política da Dinastia Tudor, quando se destacaram Thomas Morus e William Shakespeare.

- Sir Thomas Morus escreveu "Utopia", obra que descreve uma sociedade igualitária, criticando o capitalista nascente, forja "um país de lugar nenhum" uma sociedade perfeita em decorrência do uso da inteligência e da razão.

- William Shakespeare, foi o representante máximo da criação artística no teatro. Escreveu mais de 40 peças e muitas delas são representadas até hoje, entre elas: "Romeu e Julieta", "A Megera Domada", "Otelo", "Macbeth", "Júlio César", "Hamlet" e muitas outras.

Na França, houve um Renascimento de cunho basicamente literário e filosófico, com destaque para François Rabelais e Miguel Montaigne.

- Rabelais, autor que satirizou a filosofia escolástica, a Igreja, as superstições e a repressão, em oposição à glorificação humana, da liberdade e do individualismo. Obras: "Pantagruel" e "Gargantua".

- Montaigne, filósofo aristocrático, que propunha questionar a validade de qualquer verdade absoluta e estabelecida, na obra: "Ensaios".

Na Espanha, durante os séculos XVI e XVII, devido às grandes navegações, a Contra-Reforma e a Inquisição, o movimento renascentista não foi tão amplo e profundo, mesmo assim, destacamos autores como El Greco, Miguel de Cervantes e Velasquez.

- El Greco, pintor natural da Grécia, cujo nome verdadeiro era Domenikos Theotokopoulos. Sua pintura era emocional, de um realismo místico e de aspectos sobrenaturais. Obras: "O Enterro do Conde de Orgaz" e "Pentecostes".

- Miguel de Cervantes, o maior escritor do Renascimento espanhol, autor que satirizou o feudalismo e os costumes da cavalaria medieval em sua obra: "Dom Quixote".

-Velasquez, pintor. Obra: "As meninas".

Em Portugal, os ideais renascentistas foram trazidos da Itália por Sá de Miranda, no século XVI, e a região vivia os mesmos problemas da nação espanhola. Assim, o seu Renascimento produziu obras relacionadas às grandes navegações, destacando-se na literatura a epopeia, a historiografia e o teatro. Autores: Gil Vicente e Luiz Vaz de Camões.

- Gil Vicente, autor teatral, iniciador do teatro popular. Destaque para seus autos e farsas. Obras: "Auto dos Reis Magos" e "A Farsa de Inês Pereira".

- Luiz de Camões, um dos maiores escritores portugueses. Com seu épico "Os Lusíadas", descreveu a expansão marítima portuguesa. É a maior epopeia em língua portuguesa.

Um comentário:

  1. Tem como você explica um pouco pra me explicar na sala de aula é porque eu não só muito boa pra explicar tem como você resumi por favor!!

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