Na Inglaterra do século XVI também tivemos uma Reforma religiosa, provocando uma cisão entre a Igreja de Roma e a Igreja Anglicana. Mas ela foi patrocinada pelo próprio monarca Henrique VIII. Foi na verdade mais uma ruptura política do que religiosa.
Em 1531, o rei Henrique VIII, apoiado pelo clero nacional, rompeu relações com o Vaticano, pois pedira ao papa Clemente VII a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, para casar-se com Ana Bolena, mas este nega-se a atender a solicitação. Um tribunal inglês lhe dá o divórcio e o papa excomunha Henrique VIII.
Assim, em 1534, rompia-se o elo religioso entre a Inglaterra e o Vaticano. E pelo Ato da Supremacia, era dado ao rei e a seus sucessores o título de "chefe único e supremo da Igreja da Inglaterra", que passava a chamar-se "Anglicana".
Negava-se a autoridade papal, a doutrina tradicional foi mantida e foram confiscados os bens da Igreja católica da Inglaterra.
Quanto à organização da Igreja Anglicana, ela foi uma mistura do calvinismo e catolicismo. A rainha Elizabeth I conservou alguns elementos do catolicismo, entre eles: as cerimônias do culto, a liturgia, as orações (em inglês), etc. Quanto ao dogma, este era calvinista, reduzindo os sacramentos a batismo e a comunhão.
A Reforma Religiosa, muito mais que apenas novas Igrejas, representou uma nova mentalidade econômica, um novo comportamento social e por consequência, sob um pretexto religioso, provocou um longo período de lutas político-religiosas: As Guerras Religiosas, que ensanguentaram a Europa nos séculos XVI.
A propagação da Reforma pelos vários países europeus - Luteranismo: Alemanha e países escandinavos; Calvinismo: cidades suíças; Presbiterianismo na Escócia; Huguenotes na França; Puritanismo e Anglicanismo na Inglaterra;
Puritanismo: colônias inglesas da América - tornou-a como um movimento religioso, que teve efeitos importantes, entre eles fez a Igreja reagir a este movimento através da Contra Reforma - conjunto de medidas de reorganização da Igreja Romana e de reação contra a ascensão do protestantismo.
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